Na
hora de formatar o seu disco rígido sempre surge essa questão: Qual sistema de
arquivos usar? Primeiramente vamos entender o que significa o sistema de
arquivos: Nada mais nada menos do que é o modo como os dados serão organizados
e listados no disco. É como se o sistema operacional tivesse uma
"lista" com os dados que serão acessados no disco, pra ficar mais
fácil localizá-los depois; se os dados estiverem bem listados e bem organizados
no disco rígido, a busca posterior desses dados será mais ágil e mais fácil,
além de ficar bem mais rápido. Como os dados serão localizados pelo sistema
operacional, ele quem definirá o melhor modo de organização e listagem. É como
se fosse um "mapa" para encontrar dados dentro do disco rígido, daí o
sistema operacional vai direto na parte onde o dado está alocado, ao invés de
abrir todos os dados para verificar qual é o solicitado.
Embora
um único sistema operacional possa detectar e trabalhar sobre vários tipos de
sistemas de arquivos, só poderá ser usado um único tipo de
"organização" (sistema de arquivos) por partição. O sistema de
arquivos é definido somente na formatação (Exceção: Alguns sistemas antigos,
como Windows 95 e 98 permitem alterar o sistema de arquivos de FAT para FAT32).
Os
vários sistemas de arquivos existentes permitem que o usuário escolha a melhor
forma de organização dentro de um disco. São eles:
FAT:
É um dos tipos de sistema de arquivos que já foi mais utilizado no mundo, e
atualmente é suportado por todos os tipos de sistemas operacionais. É um
sistema de arquivos antigos (criado em 1987), então tem algumas limitações,
sendo as mais visíveis ao usuário: A possibilidade de criação de partições
(unidades lógicas) com no máximo 2 GB por unidade, e o nome do arquivo
limitando-se a oito caracteres principais de nome e três caracteres
representando a extensão. Por isso, em sistemas de arquivos com FAT instalado,
você facilmente verá os arquivos representados por EXEMPLO.TXT ou TESTEDE~.TXT,
sendo que o til ("~") representa que o nome do arquivo estourou a
quantidade de caracteres permitidos para o nome do arquivo. Os sistemas MS-DOS,
Windows 3.x e o Windows 95 usam esse sistema de arquivos por padrão.
FAT32:
É um dos sistemas de arquivo mais usados no mundo. É uma evolução do FAT
(também conhecido por FAT16). As principais evoluções foram: O aumento do
tamanho máximo por unidade (no máximo 16 TB) e o aumento do tamanho do arquivo
(até 4 GB por arquivo). Outra grande evolução foi o aumento no número de
caracteres suportados para o nome de arquivo (passou de 8 para 256 caracteres).
No FAT32 os dados são gravados de forma mais "condensadas" do que no
FAT16, por isso essas principais mudanças. Os sistemas Windows mais recentes
(Windows 95 OSR2, 98 e Me) utilizam esse sistema de arquivos por padrão, e são
capazes de ler dados em sistemas de arquivos FAT16. Windows NT, 2000, XP, Vista
e 7 também conseguem ler dados gravados em sistema de arquivos FAT32, embora
esse não seja o padrão utilizado. FAT32 atualmente é o sistema de arquivos mais
indicado e mais usado para unidades móveis (pendrives, cartões de memória,
flash drives, etc), devido a possibilidade da remoção rápida do dispositivo e
também da maneira como o dispositivo é usado pelo sistema operacional,
deixando-o livre apenas para a gravação básica dos dados.
NTFS:
É o sistema de arquivos padrão para grandes unidades, servidores, e
computadores com Windows NT, 2000, XP, Vista e 7 instalados. O NTFS foi criado
para ser um padrão de sistema de arquivos em servidores, devido a sua
confiabilidade, segurança e estabilidade. Possui muitas ferramentas de controle
(inclusive de permissões por usuário), é mais seguro a fragmentos (fato que
ocorre frequentemente em sistemas FAT) e mais protegido contra falhas, além de
possuir recursos bem avançados, destinados a servidores (VSS, EFS, Quotas,
etc.). Mesmo sendo um sistema de arquivos mais avançado (e mais lento por causa
das diretivas de segurança), ele é usado por padrão nas instalações do Windows
NT, 2000, XP, Vista e 7 (além do 2003 e 2008, sistemas operacionais destinados
a servidores), pelo fato de não haver limitações nos tamanhos dos arquivos e
nomes.
ext:
É um sistema de arquivos criado para uso com sistemas operacionais Linux,
desenvolvido em 1992. Foi desenvolvido para superar as deficiências do sistema
de arquivos padrão do Minix. Permitia que os arquivos tivessem nomes de até 255
caracteres por arquivo, e até 2 GB de tamanho por arquivo, mas esse sistema de
arquivos ainda possuía algumas limitações, que foram resolvidas na ext2, o que incluíam
unidades de até 2 TB por partição. Atualmente ext2 é usado amplamente em
unidades móveis (pendrives, cartões de memória, etc) devido ao seu método de
escrita.
ext3:
Evolução do ext2, é o padrão atual dos sistemas Linux. Um dos seus recursos
mais interessantes é o journaling (simplificadamente falando, é como se o
sistema operacional gravasse um "diário", ou log, com as alterações
que vão sendo feitas no disco. Em caso de falha no sistema, o sistema
operacional pode ler os dados desse log e realizar uma recuperação dos dados).
Alguns pontos fracos são a baixa velocidade e desempenho reduzido.
ext4:
A última evolução dos sistemas ext. Considerado por muitos uma das melhores
evoluções já feitas, é um sistema de arquivos com um desempenho excelente. O
ext4 usa algumas funcionalidades diferentes para melhora do desempenho,
incluindo a forma como os dados estão alocados ("alocação tardia")
que resulta em ganho de desempenho e fragmentação quase nula. Os sistemas de
arquivos ext não são compatíveis com sistemas operacionais da família Windows, entretanto
os sistemas Linux são capazes de ler e gravar em sistemas de arquivos FAT e NTFS.
Tendo
em mente basicamente o que cada sistema de arquivos faz, escolha o que seja
mais adequado a você e ao seu sistema operacional e o use! Lembre-se sempre de
realizar backup de seus dados e realizar desfragmentação de seu disco rígido.
Assim você manterá em dia a saúde do seu computador.
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